domingo, 23 de fevereiro de 2014

Gabinete anti deserto.

Creio que já ouvi mais do que uma vez falar num gabinete para tentar resolver a questão da desertificação do centro da cidade, creio que não é nada de novo e que já existe noutras cidades. Se já existe na câmara peço desculpa, mas parece-me que não.
A ideia é simples, o trabalho e os resultados é que podem não ser. De certo que existem na câmara técnico disponíveis e até interessados pelo desafio de criar um gabinete que tem como único objetivo  identificar os problemas e procurar soluções para as dezenas de casa e loja abandonadas no centro da Marinha.
Possivelmente é necessário fazer um levantamento de todas as que estão abandonadas, depois identificar todos os proprietários, e a partir dai procurar soluções legais e até mesmo de incentivo fiscal para a tentativa de resolução dos problemas.
Creio que muitos dos casos tem a ver com casas que têm um valor patrimonial reduzido e que têm 10 ou 12 herdeiros, em muitos casos já nem vivem na Marinha.
Parece-me também que muitas destas casas ou lojas não têm qualquer valor histórico ou arquitetónico podendo ser dada autorização para demolir e voltar a construir com isenção de licenças.
De certeza que leva anos a resolver e alguns dos casos não terão resolução (o caso fabrica Angolana é deprimente) mas se nunca se tentar nunca mais se resolve.
As câmara não são ilhas isoladas que têm que inventar tudo, devem procurar junto de outros municípios, onde já há alguma experiência, saber o que estão a fazer, o que correu bem, o que correu mal, ou seja partilhar boas práticas.
Tenho a certeza que dentro da câmara rapidamente se consegue encontrar 3 ou 4 pessoas com competência e disponíveis para este projeto. Claro que não se lhes pode pedir resultados para o próximo mês, mas alguma vez se tem que começar.


Carlos Carvalho

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