terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Um deserto aterrador

Ontem por volta das 21:30h enquanto aguardava que uma amiga terminasse os seus afazeres para ambas rumarmos à Vieira, andei às voltas, de carro, pelas ruas que circundam o centro tradicional da Marinha Grande e acabei por ir estacionar o carro no parque da cerca mesmo por trás do arquivo municipal. Não se via viva alma naquelas ruas. E então no parque de estacionamento, aquela hora, nem pessoas nem carros. Um deserto aterrador!

A sensação de insegurança foi tal que decidi, procurar outro local para estacionar enquanto aguardava e onde passassem, pelo menos, alguns carros. Acabei a parar o carro mesmo em frente ao portão que dá acesso ao Museu do Vidro e à Biblioteca Municipal e ali fiquei.Pareceu-me o sitio mais seguro.

Em 2:30 horas passaram 11 carros e 2 pessoas a pé. Os carros no sentido Vieira- Marinha e vice-versa e as pessoas, uma vinda de passear o cão do lado do parque para o centro tradicional e outra vinda do centro tradicional para o lado do parque. Um dos carros foi o da Policia que entrou pelo portão, fazendo a sua ronda. E muito bem. 

E mais nada. Uma tristeza para quem viu esta Marinha com movimento, no tempo em que as ruas do centro estavam abertas ao trânsito, em que nas ruas do centro se viam lojas, cafés e pastelarias em exercício e onde se viam pessoas a passear mesmo a esta hora e que vinham tomar ou o seu café ou pelo menos ver as montras. Num tempo em que a Marinha Grande era um centro de vida comercial e como consequência extremamente positiva, um centro de vida.

Hoje, o centro tradicional é um deserto, mete medo. É feio e desolador. Mesmo com os edifícios municipais “remodelados” levará muito mas mesmo muito tempo a inverter esta situação. E mais ainda se quem de direito persistir na inércia com que nos tem brindado e não “arregaçar as mangas” proporcionando as condições para que o centro tradicional volte a ter vida.

0 comentários:

Enviar um comentário

 
 
Copyright © Largo das Calhandrices II